Eu ainda posso correr até ficar sem ar?
Eu ainda posso fugir de tudo que me deixa triste?
Eu ainda posso me trancar no banheiro até tudo isso passar?
Ou eu tenho que enfrentar tudo que me enlouquece?
Tudo que não faz parte de mim, eu queria apagar.
Tudo isso que insiste em me tirar o sono,
me colocar para baixo.
Tão só, tão solitário,
que não sente mais falta de ninguém.
É assim passam os dias, correndo de tudo.
Correndo de mim.
Assim se vai o tempo que eu poderia ser feliz,
o tempo que poderia me ajudar a ser melhor.
Assim ele vai, correndo, para o fim mais trágico.
Para o fim mais triste.
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