terça-feira, 4 de junho de 2013

Sabedoria

A gente sabe que é amor quando vê uma cena no seriado qualquer de duas pessoas se amando, e consegue trocar pelos dois, e sentir vontade. É quando a gente imagina o futuro, que seja daqui dois dias ou daqui dois anos ou daqui dois séculos, e consegue ver os dois juntos, de mãos dadas, realizando sonhos. Sonhos que foram sonhados juntos, ouvindo uma balada qualquer depois de boa sessão de fumaça. É construir, criar, arrumar de qualquer jeito, formas para encontrar quem recebe o amor, e não se arrepender nenhum segundo por todo o trabalho feito para isso. É amor quando a gente sente falta da mão, do beijo, do abraço, e sente tanta falta, e sente tanto, e acaba sentindo de verdade, como se estivesse ali, na hora.
É olhar pra trás e pensar: "Era isso que faltava.". E olhar para frente e ver quase completo, faltando pouco pra preencher, todas as lacunas que existirão ou já existem. É ter uma sintonia tão grande, que basta um pensar para o outro saber. E isso não te assustar! Mas, mais ainda, é não conseguir sair de perto, por mais tedioso que seja o programa, ainda assim, querer ficar, só pra sentir a mão quente esquentando a sua do frio, SÓ POR ISSO! Agora, sai dos meus pensamentos e vem logo para a cama.

Relógio maldito

Querer que o tempo passe logo para poder te ver, mas, ao mesmo tempo, devagar, para poder curtir cada segundo ao seu lado. Que ande logo os ponteiros do relógio, para que cada segundo eu te conheça mais um pouco e te sinta mais perto, mas que passe lentamente, para não perder nem um pouco de você. Que ande depressa para ficarmos muito tempo juntos, mas que passe devagar, para ficarmos muito tempo juntos!
É estranho, querer muito e querer pouco e, tudo isso, ao mesmo tempo. Quero você perto, quero você logo, quero você aqui, e agora, e por muito e muito tempo.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Presente sem laço de enfeite.

A sensação que dá é que todo mundo ao meu redor está realizando sonhos, plantando as sementes do futuro e conseguindo, finalmente, iniciar o que chamamos de ''virar gente grande''. E eu, aqui, parada ou então andando para frente e  logo em seguida, voltando para trás, sem progresso, sem previsão de colher algo daqui uns anos. Estagnada, parada no mesmo lugar que eu sempre estive.
E meu medo é continuar aqui, nesse lugar, que apesar do conforto, da temperatura e da fofura do colchão, não é para sempre, não é o meu lugar.
Temo dizer que meu lugar não é nem aqui, nem em lugar nenhum. Que minhas sementes até poderão findar na terra, caso eu plante, mas a chance de estar por perto na hora de colher é mínima e infundada. E isso também me deixa tremendo.
Não saber para onde ir, não saber se devo ficar, não saber o que ser, o que virar.
Esse negócio de futuro é tão terrível quanto incerto, e eu odeio não ter certeza de onde eu piso.
Odeio não saber. Odeio.
Mas esse negócio de presente, ah, esse eu só gosto quando é meu aniversário!