segunda-feira, 3 de junho de 2013

Presente sem laço de enfeite.

A sensação que dá é que todo mundo ao meu redor está realizando sonhos, plantando as sementes do futuro e conseguindo, finalmente, iniciar o que chamamos de ''virar gente grande''. E eu, aqui, parada ou então andando para frente e  logo em seguida, voltando para trás, sem progresso, sem previsão de colher algo daqui uns anos. Estagnada, parada no mesmo lugar que eu sempre estive.
E meu medo é continuar aqui, nesse lugar, que apesar do conforto, da temperatura e da fofura do colchão, não é para sempre, não é o meu lugar.
Temo dizer que meu lugar não é nem aqui, nem em lugar nenhum. Que minhas sementes até poderão findar na terra, caso eu plante, mas a chance de estar por perto na hora de colher é mínima e infundada. E isso também me deixa tremendo.
Não saber para onde ir, não saber se devo ficar, não saber o que ser, o que virar.
Esse negócio de futuro é tão terrível quanto incerto, e eu odeio não ter certeza de onde eu piso.
Odeio não saber. Odeio.
Mas esse negócio de presente, ah, esse eu só gosto quando é meu aniversário!

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