sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Trem da vida

A mesma facilidade que laços são feitos é a que são desfeitos! Pessoas entram em nossas vidas, saem das nossas vidas e quando percebemos já é tarde para dizer o quanto foi especial, gratificante e especial o estar delas.
A vida não passa de um trem, que vai rápido, entretanto com muitas paradas, em várias estações e um longo caminho. Na mesma estação que alguém entra, muitos saem. E assim é o contrário.
Quem guia esse trem somos nós, e é importante, por vezes, deixar o trem seguir em piloto automático, para que possamos apreciar a viagem, que é longa porém ligeira e interessante.
Querer conhecer todos os passageiros é essencial, mesmo que impossível realizar tal tarefa!
Nessas idas e vindas, muito aprendemos, muito ensinamos, muito erramos e muito corrigimos. Mas nem sempre há tempo para tudo, nem sempre conseguimos dizer e sentir tudo, em todos os enormes e cheios vagões!
É preciso escolher um vagão para entrar, é preciso escolher o trilho que percorrerá, é preciso escolher as estações a parar. São muitas escolhas, muitas dúvidas, e qualquer deslize pode custar toda a viagem.
Consequência disso são paisagens feias, mágoas, curvas acentuadas que te derrubam e te machucam, interna ou externamente. Mas não deixa de ser necessário, pois o aprendizado é sempre válido.
Válido para as próximas escolhas, para as próximas estações!

Não adianta tentar fugir dos passageiros, das conversões, das pausas, tudo se faz necessário na estrada da vida. Tudo passa ser importante quando você descobre que tudo traz consigo algo, indiferente do que seja.
Seguir os trilhos sem descarrilhar não é uma tarefa fácil, mas é prazeroso olhar para trás e ver que tudo valeu a pena, sem arrependimentos, sem rancor...

O que fica é a saudade, a sensação de vazio, o temor das próximas paradas, a falta, o coração partido, mas nada que não tenha sido importante causa sensações parecidas.
O que vem é o novo, a adrenalina, e os bons e ruins novos momentos, os novos sorrisos e as velhas lágrimas, o vento no rosto.
E que venham, pois quando o trem pára e chega ao final da linha, bem, prefiro não saber o que acontecerá.

Nenhum comentário: