''... Aquela hora eu estava calma, mas o assunto que se iniciará não era tão agradável, a menos para mim. Começaram a discutir quem ganharia mais presentes, e após uma lista imensa de presentes que o 'Papai Noel' deixaria em suas portas, tiveram a ousadia de dizer que esse natal seria meio 'pobrezinho'. Minha vontade de gritar para todo mundo naquele shopping ouvir era imensa, minha vontade era fazer um belo discurso, falando do que muita gente passa no Natal, sem uma ceia adequada, e sem uma visitinha se quer do 'Papai Noel', que muitos sofrem por não ganharem uma cesta básica, ou material escolar, ou até um emprego para seus pais, moram em barracos, mas apesar de tudo, vivem melhor do que elas que só sabem comprar, gastar e pedir! Mas apesar do fogo subir e a minha vontade só aumentar, refleti antes...
- O que adiantaria eu falar tudo isso para elas? Elas, no máximo, ficariam chocadas com a minha atitude, diriam que nada poderia ser feito, apesar de terem condições de ajudar milhares de crianças desamparadas, e logo após de toda essa ceninha, ririam de mim, dizendo: ''Como você é tola, como você é tola!''. Melhor me calar. Disse em pensamento.
E foi o que fiz, olhei para o teto e deixei elas falando dos seus caros, bonitos e numerosos presentes, que para elas seria pouco! Mas apesar de não falar nada, perceberam minha mudança de comportamento e perguntaram o que havia acontecido. Minha vontade era de gritar que elas eram ridículas, patéticas, sem moral, egoístas, sem caráter e tudo que me viesse a cabeça, mas disse apenas ''Nada'' e contei uma piadinha. E assim tudo voltou ao normal, menos aqui dentro de mim. A vontade de ajudar, vontade de mostrar ao mundo o que se passa, vontade de ensinar a quem não sabe, ou tem medo de saber o que é de verdade o natal, qual seu real significado, e dizer pra todo mundo que não é só de dinheiro que se vive o homem!''
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Um dia fora do comum, e uma dúvida misteriosa.
''...Não sabia ao certo onde estávamos indo e nem ao menos que caminho era aquele, mas sabia desde a partida que iríamos visitar alguém, muito querido, amado e especial aqui em casa. O caminho quase não me chamou a atenção, fiquei lendo gibi, como era corriqueiro na minha idade, os meus poucos 5 anos de idade. O que me chamará bastante a atenção era o lugar ao qual fomos, parecia triste, mas apesar da tristeza, o lugar era cheio de flores e sua entrada era decorada por belos e grandiosos anjos, de cor meio amarelada pelo tempo. Muitas pessoas entravam e saiam a todo momento e sempre carregadas com grandiosos buquês de rosas e flores de todos os tipos! Mamãe comprará um buquê muito bonito e falou para que eu carregasse, e eu carreguei! Ela sabia exatamente onde ir pela sua rapidez e precisão, diferente de mim, que apenas a seguia; andará por algum tempo reto e logo virou a esquerda, andou mais um pouco e logo chegamos, mas para a minha estranheza não havia ninguém por lá, nenhum conhecido ou amigo! Fiquei cismada, mas não disse nada, nem ao menos perguntei. Mamãe tirou o buquê de minha mão e jogou em cima de uma grande pedra de mármore, com alguns escritos, fotos e o que mais me chamou atenção, uma grande cruz!
Na saída do local, me atrevi a perguntar aonde estávamos, e mamãe respondeu com seus olhos transbordando em lágrimas que um dia eu saberia exatamente onde estávamos e para quem era a visita!
Alguns anos se passaram, minha cabeça, já mais madura, reformulou essa cena na minha cabeça, e sem nenhuma perda de tempo já sabia onde estávamos e para quem foi a visita. Mas o que mais me martelou a cabeça depois de descobrir isso é como, depois de tanto tempo sem visitar aquele lugar, mesmo assim mamãe sabia com tanta certeza e rumo chegar aquele lugar! Talvez a memória não permita apagar de maneira alguma um lugar que lhe traga tanta lembrança, saudade e dor. Lugar o qual eu gostaria de não precisar visitar nunca, mas que não fora possível.
Mamãe também me revelou um segredo, que essa pessoa a qual visitamos é a mais brilhante estrela do céu, e que sempre manda todas as energias mais positivas que pode para a nossa família. E agora, como ritual, todas os fins de tarde, olho para o céu a procura da minha estrela, do meu anjo e sempre está lá, no mesmo lugar, no nosso lugar combinado! Não é o máximo?...''
Na saída do local, me atrevi a perguntar aonde estávamos, e mamãe respondeu com seus olhos transbordando em lágrimas que um dia eu saberia exatamente onde estávamos e para quem era a visita!
Alguns anos se passaram, minha cabeça, já mais madura, reformulou essa cena na minha cabeça, e sem nenhuma perda de tempo já sabia onde estávamos e para quem foi a visita. Mas o que mais me martelou a cabeça depois de descobrir isso é como, depois de tanto tempo sem visitar aquele lugar, mesmo assim mamãe sabia com tanta certeza e rumo chegar aquele lugar! Talvez a memória não permita apagar de maneira alguma um lugar que lhe traga tanta lembrança, saudade e dor. Lugar o qual eu gostaria de não precisar visitar nunca, mas que não fora possível.
Mamãe também me revelou um segredo, que essa pessoa a qual visitamos é a mais brilhante estrela do céu, e que sempre manda todas as energias mais positivas que pode para a nossa família. E agora, como ritual, todas os fins de tarde, olho para o céu a procura da minha estrela, do meu anjo e sempre está lá, no mesmo lugar, no nosso lugar combinado! Não é o máximo?...''
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